domingo, março 13, 2005

Um soco no estômago.

Foi como um soco no estômago. Um belo, preciso e forte soco no estômago que me deixou completamente sem ação. Entrei naquela maldita biblioteca de merda, querendo, quer dizer, acho que nem queria encontrar muito ela, pos sabia que se encontrasse, ela não ia estar sozinha.

Fui entrando, entrando e quando achei que ia sair dali sem achar nada e ter que procurar ela em outro lugar, acabei avistando no fundo daquela sala repleta de estantes, lá no canto estava ela sentada de costas pra mim, sentada em uma cadeira preta, de frebnte pra uma cara e com as pernas entre as pernas dele. Pra ser bem preciso, o joelho esquerdo dela tava bem próximo do saco dele. Uma visão nada agradável, já que ela era minha namorada.

Apesar de não ser lá uma cena muito comprometedora, isso é, um pouco até, já que ela tinha me dito que tinha que ir pra casa correndo após a aula, e por isso, não podia me esperar. Cheguei perto dos dois com uma espécie de bola engasgada na garganta, uma bola que havia sido o resultado de toda a raiva, medo, vergonha, frustração, e principalmente da certeza que aquilo não era uma simples análise de texto em grupo.

Gaguejei algumas palavras que devem ter sido equivalente a "vamo lá fora", sem nunca olhar pra frente, devido a vergonha que sentia no momento. O meu peito parecia que ia explodir, havia algo pesado bem no meio dele pronto pra se partir e doer como eu nunca havia sentido. Saímos, eu e ela. E o carinha não sei que fim levou . Deve ter fica do lá, provavelmente rindo da cara do otário aqui.
|