Flores no meu colo.
Então comecei no meu mais novo emprego, isso após ter cortado o cabelo, raspado a barba e vendido meus finais de semana. Quanto aos finais de semana tudo bem, tenho que pagar dívidas e sempre haverão mais alguns. Mas impedir o crescimento dos pêlos me deixou um pouco triste. Já estava cansado daquele cabelo ralo de merda, sentia faltas das pontas aqui e acolá e de ouvir almost cut my hair com mais identificação e tudo mais, mas a dívida tá enorme, então relaxei.
Contudo, o que realmente me entristeceu foi raspar os pelinho que há muito tempo estavam sob meu lábio. Meio que havia me apegado à eles e na entrevista quando aquela fulana arrogante me informou que ele deveriam ser removidos, sentia a indignação crescendo e se verbalizando " além de roubar meus fins de semana, vocês ainda querem esse pedacinho de barba?" mas não adiantou e lá estava eu, primeiro dia, cara raspada, cabelo cheio de um creme pra reduzir o quase nenhum volume que restou, horas em pé observando toda a loucura que se desenrolava por trás do balcão e ficando confuso com todos procedimentos mecânicos que em poucos dias se tornarão a coisa mais simples do mundo, mas que naquele momento eram tão complicados quanto qualquer coisa que nunca vi antes.
E ficava por lá, fingindo que estava entendendo tudo, zanzando pra lá e pra cá atrás do balcão, olhando e olhando e me ligando que só a prática vai me tirar daquele tédio-de-não-estar-fazendo-nada-ali e aparece a fulana arrogante com um vaso de flores na mão e me chama num tom que me fez sentir como uma criança sob a tutela da coordenadota extremamente mal comida, e consequemtemente, chata pra caralho e meio que joga o tal vaso nas minhas mãos me manda, não pede, manda! ( ah raparariga!, terei minha vingança com o passar dos dias ) acompanha-lá e nesse ínterim descubro que estamos indo em algum lugar e já sentado no banco do passageiro do seu carro, usando aquele uniforme medíocre, me lembro de tudo que já li e do meu maldito curso de letras... tragéidas gregas, clássicos modernos, pós-modernos e os cânones da literatura universal, os beats que tanto me pertubam, meu querido buk que repudia - mas entende - o que faço, teorias e mais teorias linguísticas e de ensino e tal e tal e me vejo sentado, com um vaso de flores no colo e com a única preocupação de não amassá-las contra o painel do carro para garantir que venda do meu tempo seja bem realizada.
Que merda, hein?
Contudo, o que realmente me entristeceu foi raspar os pelinho que há muito tempo estavam sob meu lábio. Meio que havia me apegado à eles e na entrevista quando aquela fulana arrogante me informou que ele deveriam ser removidos, sentia a indignação crescendo e se verbalizando " além de roubar meus fins de semana, vocês ainda querem esse pedacinho de barba?" mas não adiantou e lá estava eu, primeiro dia, cara raspada, cabelo cheio de um creme pra reduzir o quase nenhum volume que restou, horas em pé observando toda a loucura que se desenrolava por trás do balcão e ficando confuso com todos procedimentos mecânicos que em poucos dias se tornarão a coisa mais simples do mundo, mas que naquele momento eram tão complicados quanto qualquer coisa que nunca vi antes.
E ficava por lá, fingindo que estava entendendo tudo, zanzando pra lá e pra cá atrás do balcão, olhando e olhando e me ligando que só a prática vai me tirar daquele tédio-de-não-estar-fazendo-nada-ali e aparece a fulana arrogante com um vaso de flores na mão e me chama num tom que me fez sentir como uma criança sob a tutela da coordenadota extremamente mal comida, e consequemtemente, chata pra caralho e meio que joga o tal vaso nas minhas mãos me manda, não pede, manda! ( ah raparariga!, terei minha vingança com o passar dos dias ) acompanha-lá e nesse ínterim descubro que estamos indo em algum lugar e já sentado no banco do passageiro do seu carro, usando aquele uniforme medíocre, me lembro de tudo que já li e do meu maldito curso de letras... tragéidas gregas, clássicos modernos, pós-modernos e os cânones da literatura universal, os beats que tanto me pertubam, meu querido buk que repudia - mas entende - o que faço, teorias e mais teorias linguísticas e de ensino e tal e tal e me vejo sentado, com um vaso de flores no colo e com a única preocupação de não amassá-las contra o painel do carro para garantir que venda do meu tempo seja bem realizada.
Que merda, hein?