sexta-feira, fevereiro 19, 2010

Re-inícios.

E ir lá foi como contemplar um enorme vazio. O bosque mutilado, sem seus bancos e sem sua menina. Sentei, fumei um cigarro e esperei algo acontecer. Nada. Levantei e fui ao bloco de salas e logo na entrada escuto sons de discussão, provavelmente alguma merda mal resolvida por parte da coordenação. E era isso mesmo. Foi o sinal pra nunca mais confiar no calendário oficial da ufc. O não dito nunca me estragou uma manhã, isso é, os dois dias de delay que sempre dei ao início do semestre. As aulas não começariam no dia, mas sim três adiantes. Já prevendo isso, fui lá só pra dar uma piscadela pro mapa de sala e começar minha paquera com a esperada graduação. Não tinha mapa de sala.


Voltei e fui em direção à Sciense. Mais uma vez, não tinha ninguém que eu conhecesse e me senti deslocado no tempo naquela manhã, procurando coisas que há tempos não existiam mais e ainda assim procurando. Mania que eu devia dar fim. Os dias na Sciense, como o bosque e outras coisas por aquelas bandas, acabaram, sei bem disso. Maldita nostalgia... Mas seria divertido encontrar uns dos drugs, mafusar no quintal e jogar conversa fora.

Voltei ao bosque completamente coberto de suor, cortesia de uma simples caminhada de um longo quarteirão sob o maravilhoso sol da manhã. E olha que não eram nem dez horas. Sentei mais uma vez naqueles bancos de merda, sentindo falta dos outros à sombra da mangueira. Mais uma vez vazio, mais uma coisa que eu queria e não estava lá. E nem irão estar. Passei os dedos pelas teclas do telefone enquando observava os números pensando pra quem ligar - pensei em ligar pro Voi Reivax e vi que tinha quatro números com seu nome, dois iguais e outros que me deixaram muito em dúvida de quem seriam pra me fazer ligar. Sei que um era da irmã... enfim, decidi ligar pro filão mor do Benfica. E esse estava todo atarefado. E sob pressão suficiente pra não me acompanhar num mafú. Esmagado pela derrota, me dirigi à casa do Satanas, pensei em ligar, mas dexei o acaso decidir, e afinal de contas, era no caminho de casa mesmo.

Poderia descrever o resto da manhã e os papos levados na Fun House ou como dormi à tarde e fui assombrado por sonhos loucos e tudo mais que rolou. Porém, o que realmente salvou o dia foi o velho e bom racha das quintas à noite, quase boicotado por um pequeno blackout no meu querido Carlito e de como foi louco seguir os preceitos do futeconha e assim- com essa outra percepção - fechar o gol, mesmo que me arrembentando.

Isso sempre me faz sentir mais vivo.
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