quinta-feira, junho 09, 2005

A Ninfeta Virtual ( Parte 2)

Não tinha a menor noção de como iria reconhecê-la quando se encontrassem e quando perguntou pra ela como, ela soltou um displicente "não se preocupe", resposta essa que o deixou desconfiado. Não gostou do tom de segurança com essas palavras foram ditas. Por um instante achou que estava caindo em alguma espécie de armadilha, imaginava que isso poderia ser alguma ação da polícia para prender pedófilos na rede. Tudo bem que ela não era propriamente uma criança, mas ele havia deixado de ser menor de idade e ela, de menor e se os dois fossem pegues fazendo o que planejavam fazer, ou pelo menos o que ele planejava fazer com ela, com certeza haveria motivo suficiente para ele dar um passeio na delegacia.
Tais pensamentos paranóicos logo deixaram de ter importância quando lembrou que aquele belo pedacinho de carne moldado pelos deuses esperava por ele. Ela havia dito que iria se depilar naquela mesma tarde e ele prometeu chupar-lá no banheiro disponível mais próximo dentro do shopping.

A única forma de comunicação entre os dois eram os seus respectivos telefones celulares. Ela já havia ligado várias vezes no mesmo dia pra saber se ele estava relamente vindo, então ele resolveu desligar o telefone quando chegou ao local de encontro. Ele tinha um plano. Queria saber quem era ela primeiro. O plano era simples: dar uma volta antes no local, dar uma olhada e depois ligar para a garota e perguntar como ela estava vestida e varrer a sua memória recente pra ver se a descrição batia com alguma garota que estava por lá.

Desligou o telefone e deu uma volta. Não viu nenhuma popotinha que correspondesse a descrição feita pela sua própria mente, a ninfetinha que visitara tantas vezes seus devaneios nos últimos dias parecia não estar querendo sair da sua cabeça, resumindo-se ao seus sonhos. Na verdade, não viu nenhuma garota sexualmente atraente naquele local, as poucas beldades que lá se encontravam estavam acompanhadas dos sócios, isso é, os seus namorados.

Desanimou e rumou para o banheiro. Ligou novamente para a garota e pergunto como ela estava vestida. "Blusa branca e calça jeans" respondeu a voz ansiosa do outro lado da linha. Ele não lembrava de ter visto nenhuma garota vestida assim e ficou decepcionado por ela não estar usando uma saia. Pensou em ir embora.

Voltou para frente do cinema, andando calmamente, ohando para os lados e tentanto achar sua suposta popotinha recém depilada e pronta para a diversão. De repente, seu telefone tocou. Havia esquecido de desligar ao sair do banheiro. Não teve tempo de reação quando viu aquela garota de blusa branca e calça jeans que se aproximava. Ela havia sido mais esperta que ele. Há tempos que ela ligava para ele, so esperando que alguém perto dela atendesse o telefone, e assim, ele teria certeza de quem ele era. Nesse momento entendeu o porque de tanta certeza na voz dela quando ela disse pra ele não se preocupar na hora que eles fosse se encontrar. Ela agia com uma profissional. Não teve como reagir, ela o agarrou pelo braço já chamando seu nome. Não havia como mentir, estava chocado demais para esboçar qualque ação.

(fim da parte2).

P.S: Ta acabando, ta acabando!
|