Duas cervejas, dois jogos, e nenhuma loucura.
Foi uma tarde toda fazendo um trabalho chato e brincando com meu joguinho predileto. É um joguinho que ta sempre on line quando eu conecto. É simples assim, só jogar bolinhas e tals, algumas até verdes. Mas como tudo cansa, resolvi ir pro show da kohbaia no Noise e sai de casa.
Antes de sair fui na geladeira pegar cerveja - tenho que aproveitar, não é sempre que há cerveja na geladeira da minha casa e como o meu tio é mo limpeza, levei duas. Fui andando rápido para a parada de ônibus, ja tava atrasado e com um dilema ns mãos: duas cervejas, uma aberta e sendo consumida e outra fechada, só esquentando. Tentei beber a primeira o mais rápido possível, antes de chegar na parada de ônibus, mas nesse pequeno percurso aprendi duas coisas: uma, nunca escove os dentes antes de beber cerveja, o gosto que fica na sua boca é horrível, e a outra é que meu estômago parece não ter mais de 200ml de capacidade.
Cheguei na para da de ônibus já meio passando mal, a barriga cheia, tinha andado rápido e não gosto de fazer nada andando, a não ser andar. Coloquei a segunda cerveja na muretinha na parada e olhei pra ela, estava suando com eu, senti pena dela e de mim e resolvi acabar logo com o sofrimento de ambos: ia terminar primeira antes que a segunda ficasse quente de verdade.
Quando ia inclinar e virar todo aquqele liquido amargo no âmago do meu ser, o ônibus veio e tive de subir com as duas na mão. Terminei a primeira depois de dois quarteirões, joguei pela janela como não deve sr feito e abri a segunda. É, estava quente. O paranjana foi indo e cheguei numa parte do percurso que não da pra fazer absolutamente nada, não da pra ler ( você fica se melando o tempo todo), não da pra beber ( você fica com dor de cabeça e corre o risco de ficar vesgo), não dá pra fazer anada, a única coisa que da pra fazer é ficar sentado e chacoalhando dentro da porra o ônibus.
Quando cheguei no centro percebi que estava mais calmo, mais relaxado, com um sentimento que nenhuma das merdas que me afligem no dia a dia importava mais e aprendi a terceira coisa na noite: beber uma cerveja e meia no mínimo espaço de tempo possível funciona quase como uma banda de diazepan. Uma vez calmo, continuei bebericando minha cerveja com calma, pra não cortar meu lábio naquela pontinha de metal que fica na abertura da lata. e esses caras aidna acham que inventam coisas realmente úteis.
Quando desci do ônibus, já perto da casa da minha garota, ouvi um farfalhar de folhas que estavam perto de um muro próximo. Vi que dois caras desciam do murto e se dirigiam com certa velocidade na minha direção, com aquela cara "eu-vou-te-roubar". Pensei em correr, mas não, resolvi ficar. Dei dois passos pra frente na direção que eles vinham, mirei na cabeça do que vinha mais próximo e joguei a latinha. Errei. Tentei chutá-lo, errei também. Tentei correr e n o segundo seguinte me vi no chão e pensando "me fodi". Protegi a cabeça com os braços enquanto eles me chutavam. Continuei andando e esqueci esse delírio etílico porque o farfalhar das folhas era apenas o vento.
Fui descendo a rua e percebi que estava mais-meio-bebo, não porque me sentia relaxado ou calmo e sim porque estava bebendo aquela cerveja quante como o inferno com o maior prazer do mundo.
O noise com sempre estava lá, com as mesma s caras, e aquela coisa toda que não vou entrar em detalhes pra que pessoas não fiquem com raiva de mim. Como diz o barkoquebas, o grande lance ta em conviver com a loucuras dos outros, não importanto o quão ridículo você ache que essas loucuras são. Mas claro, havia pessoas legais por lá, pessoas qeu valem a pena ve re troca ralgima palavras. Mas fiquei logo louco de verdade quando cheguei lá, tava com uam vontade de botar boneco, não sei, estava meio elétrico, meio fora de controle do mesmo jeito que fico quando estou puto. Comprei uma garrafa de vinho e logo em seguida nos dirigimos pra roda que se formava e minutos depois já estava no velho estado de sempre. Depois foi só entrar, comprar uma cerveja e assistir o Show.
É, por ae foi, foi divertido dentro das suas limitações mas vi que preciso de muito pouco pra me sentir bem.