quinta-feira, agosto 18, 2005

Simles assim

Ah, sabe quando você apenas olha pra tudo, olha mesmo, compara, pesa, analisa, segue todos as setas que você vai achando que indicam pra alguma coisa que você sabe que procura mesmo sem saber o que é, e mesmo assim, isso parece ser eterno, sem chance de chegar há alguma conclusão e aos poucos isso começa a te consumir. Depois dor, a velha, inevitável, insuportável dor.

- Sabe, eu nunca te digo a verdade.
- eu desconfiava.
- E que você sente agora ao saber que tudo que você sabe é o oposto de tudo que você pensava saber?

Isso, mas nem tanto, apenas simples mediocridade. O que acho que é mais provável nesse caso.

- olha, eu canso rápido cara. Não quero essa merda pro meu lado.
- Mas essa merda é simplesmente que há em mim.
- então puxe a cordinha e vá em frente.

Ah, agora é mais fácil se sentir a vontade. De certa forma, você sabe onde tudo vai dar.

- Eu não posso, não posso mesmo.
- você não quer. Ai já é outro caso.
- Pra você e fácil falar, quer dizer, escrever. Se estivesse no meu lugar, otudo que vc teria que fazer seria apertar um tecla ou deixar a ponta da caneta deitar suavemente no papel.

Divertido. Sempre é enquanto qualquer coisa ainda é.
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