domingo, setembro 02, 2012

é, meu blog...

E de novo, eu, a madrugada e o que sinto, eu, de novo, perdido, largado, nessa noite, nesse desequilíbrio químico, eu, meu hábitos, me destruo e me deixo tragar pela noite, não procuro nada, meus amigos reclamam que não sorrio e aceno, que não sou simpático o suficiente com as garotas ao redor e todas elas são lindas, sim, lindas, mas nessa noite não é disso que preciso, preciso me encontrar e evitar conflitos e dores e faço o que sempre faço, bebo, bebo, bebo, fico bebo e não resolve, de novo chego aqui e nada, nada, tudo de novo, já vi isso, conheço a estória.

e há esse incômodo no peito. DÓI. mas a origem? é tudo tão acumulado e vejo que estou indo no caminho certo...como posso fazer alguém feliz se eu mesmo não me sinto pleno? vã busca, eu sei, mas procuro, tento, tento e erro; erros, eroosss, errrosss, erosss. Não adianta o vento soprar se  direção é desconhecida, ahhhhhhhhhh, não sei bem, não, não, não quero mais saber de merda alguma, é muito complicado ir de encontro à maré, a maré alheia, não dá pra tentar explicar o que não querem entender, o que já se tem por entendido sem importar nada que você diga, é esta à merce do outro que entende o que quer e como quer e que se foda... não dá, é loucura e perda de tempo e fôlego mesmo sabendo o que isso vale, o QUANTO  isso vale, não, não consigo, acho que perdi toda minha capacidade de sentir...não, não perdi, sinto, sinto como sinto agora o peso de tudo, a falta, a dor, mas sei que isso é momento e que algo TEM que mudar, se não mudar, foda-se, sobrevivi a tempestades piores, mas estou cansado, cansado, cansado e cansado, queria mesmo SABER, mas sabe como é, é só boiar, já doeu antes, dói agora, e uma hora melhora, dói menos e outras coisas acontecem e vou esperando mudar, mesmo sabendo que não vai.

dirigir na madrugada sozinho, ouvindo o ressonar constante e cansado do motor do velho chevette depois de frequentar um bares mais mazelas da cidade, Paladar, péssimo paladar, o carneiro estava bom, meus amigos são bons e conversavam sobre política, mas eu não conseguia tirar os olhos da pista, os faróis, as cores, as formas, e eu ali, com água, a cerveja e o pirão, esperando, esperando, querendo,  sem saber por que esperava, só esperando, uma vontade latente, mas ainda sim vontade e quero me livrar dela, não preciso de algo doentio e doloroso, mas parado lá, sentado naquele bar que tantas vezes fui, olho ao redor e lembro do quão as coisas podem ser boas - e foram boas -  mas nunca boas por todo o tempo e guardo essas lembranças da madrugada quando não haviam quartos, apenas locais a VONTADE de estar ali, a loUca VONTADE de viver aquilo, de mandar todo o resto à merda e não se importar com a manhã que desponta.

Mas isso se perde, se dilui nos vermes que se apresentam no dia a dias, as velhas nóias, medos, receios, e a lembrança boa se torna em uma melancolia pegajosa que joga pra cá em outra vã tentativa de aliviar isso que permanece. Não adianta, nada adianta, é só esperar, esperar, esperar, depois de certo tempo tudo se ajeita, todos dizem, mas não; assim é para outros, mas não pra mim, não, sempre há resquícios, as ligações são mais profundas que julgam os outros, penetram fundo e quando cortadas machucam, rasgam, sangram algo que não é palpável, mas machuca pra valer. 


ai, vejamos como será amanhã...a cabeça já me dá dicas de como será.


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