sábado, agosto 27, 2005

Para aqueles que superestimam seu valor nos outros.

Quem sabe poderia dizer que estava seco, bem seco mesmo como se não houvesse nada, sem nenhum conteúdo. De repente, tudo mudou. Não por causa das pessoas que o acompanhavam, e é melhor dizer que elas logo se super estimam na vida alheia, na vida dele. Ele apenas ri por dentro, com ele mesmo, sem mais a necessidade de fazer essas mesmas pessoas entederem isso. Agora, ele apenas ri. Abriu a velha bolsa de couro desbotado, tirou um cigarro e olhou pra ver que restava.
Uma garrafa d'água, um lenço e uma chave de fenda. Bebeu um gole d'água, e olhou pra aquele rosto mais uma vez. Já tinha olhando tanto praquele rosto que já reconhecia seus próprios traços nele. Segurou a pela nuca e foi cravando devagar a chave de fenda pelo canto do olho direto, sempre adentro.Sentiu algo mole se dissolver, como um pequeno saco de carne com algo mole dentro, uma espécie de liquido viscoso que se espalhava ao toque do metal.
Sentiu vontade de parar, não por causa do sangue que espirrava na sua cara, não por causa daqueles gritos que ninguém podia ouvir. Não eram bem gritos, pareciam mais gemidos, uma lamúria. A lingua havia sido retirada juntamente com uma boa parte dos dentes e os poucos que restavam se confundiam com aquela massa inchada que era chamada de gengiva. Sentiu vontade de parar para fumar o cigarro que estava na sua orelha.
Enfim, parou. Largou aquele corpo ensaguentado e ofegante no chão, onde caiu como um simples saco de carne. Levantou-se, acendeu o cigarro, deu um trago e o arremesou longe - era um daqueles falsificados que tem gosto de merda. Foi até a janela, olhou pra fora como se procurasse pelas razões daquilo tudo. Não viu porra nenhuma. Percebeu que estava cansado. 6 horas seguidas torturando e esfolando corpos... que merda, "vou embora" pensou.
Pegou a marreta no canto da sala, e com um simples golpe esmagou a cabeça do garotinho mais novo. O corpo da criança se dabateu um pouco, e enfim parou. Ficou por um segundo observando o sangue se espalhar pelo chão da sala até chegar aos seus pés. Era quente, mas não o fazia sentir nada.Atravessou a poça de sangue e olhou praquela pobre garota no chão que olhava aterrorizada, em verdadeiro estado de choque, para o corpo do seu irmão estendido a poucos metros do seu. A cabeça dele foi reduzida a uma massa ensanguentada, sabia que o seu destino era parecido. Tentou gritar, mas não tinha mais forças, sua boca se resumia a carnes inchadas e doloridas. Fez força, se debateu o máximo possível, tentou se mover, mas isso é extramente difícil quando você tem suas mão atadas para trás, junto com os pés.
Ele, frio desde o início, levantou a marreta e a deixou cair sobre o joelho da garota. Ouviu um barulho estranho, seco, e então observou ela gemer de dor. Não olhava mais com volúpia para aquelas pernas que ele sempre achou lindas. Era apenas carne e mais nada. Bateu novamente no mesmo joelho, a garota se contorcia de dor, ele não sentia nada. A garota apenas tremia, gemia de dor como um simples animal agonizante. Ele não sentia prazer nisso. Não sentia nada, nada mesmo.
Resolveu acabar com aquilo e ligou a furadeira. Abaixou-se, encostou a ponta da broca na testa da garota. Apertou o botão e deixou peso de sua mão agir sobre a furadeira . De início, houve um pouco de resistência, até o osso da fronte ser perfurado. Depois foi fácil, fácil.
Levantou- se, calçou seus sapatos comos pés sujos de sangue e olhou ao redor. Nada fazia sentido. Tirou as luvas, o avental, jogou dentro de um balde de metal e ateou fogo. Pegou o celular e discou o número de casa, chamou duas vezes e sua esposa atendeu.
-Querida? como estão as crianças? - Estava sempre preocupado com seus filhos. Tinha medo que a violência do mundo se abatesse sobre eles.
- Estão bem, brincando no jardim. Você demora muito?
- Não, não, dentro de alguns minutos estarei em casa. E hoje eu preparo o jantar.
Deixou o quarto que fedia, um cheiro de sangue podre preenchia o local. Saiu do quarto, caminhou para fora da casa e entrou no carro. Ainda parou por um segundo, tendo certeza que algumas pessoas não lhe despertavam nada. Nem mesmo enaquanto sua carne é mutilada.
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segunda-feira, agosto 22, 2005

Just Blue.

Pegou o telefone e discou com as mãos trêmulas o número dela. Já nem pensava mais antes de discar o número, seus dedos pareciam automatizados, programados para realizar aquela ação. enquanto um telefone gritava insistentemente por alguém no outro lado da cidade, sua pulsação aumentava o ritimo. Suava, tremia, sabia que sua voz iria falhar no momento em que ela atendesse o telefone.

"alô?", disse ele apressadamente ao perceber que saíra daquela escuridão de bips ritimados e entrava em contato direto com o mundo ao redor daquele ser de plástico e fios. " Por favor... preciso... de duas!" disse com uma voz falhada, quase muda, uma súplica vassalar. "Não, você está fora do jogo. Desculpe."

Sentiu o sangue gelar em suas veias. Sentiu a decepção daqueles que conseguem ser o que sempre quiseram ser, exatamente como viram nos livros, perfeitamente idênticos aos seus heróis; e quando o são, percebem que esqueceram alguns detalhes, que as coisas não são bem como imaginavam. Desligou o telefone e foi para a varanda. Apoiou as mãos na grade de proteção, inclinou o corpo um pouco pra frente e olhou para o céu. Escuro, limpo, nada. Fechou os olhos e quando abriu percebeu que estava se afastando cada vez mais daquele azul morto. Just Blue.
Foi tudo o que viu antes de virar uma massa disforme e pegajosa na calçada.
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quinta-feira, agosto 18, 2005

Simles assim

Ah, sabe quando você apenas olha pra tudo, olha mesmo, compara, pesa, analisa, segue todos as setas que você vai achando que indicam pra alguma coisa que você sabe que procura mesmo sem saber o que é, e mesmo assim, isso parece ser eterno, sem chance de chegar há alguma conclusão e aos poucos isso começa a te consumir. Depois dor, a velha, inevitável, insuportável dor.

- Sabe, eu nunca te digo a verdade.
- eu desconfiava.
- E que você sente agora ao saber que tudo que você sabe é o oposto de tudo que você pensava saber?

Isso, mas nem tanto, apenas simples mediocridade. O que acho que é mais provável nesse caso.

- olha, eu canso rápido cara. Não quero essa merda pro meu lado.
- Mas essa merda é simplesmente que há em mim.
- então puxe a cordinha e vá em frente.

Ah, agora é mais fácil se sentir a vontade. De certa forma, você sabe onde tudo vai dar.

- Eu não posso, não posso mesmo.
- você não quer. Ai já é outro caso.
- Pra você e fácil falar, quer dizer, escrever. Se estivesse no meu lugar, otudo que vc teria que fazer seria apertar um tecla ou deixar a ponta da caneta deitar suavemente no papel.

Divertido. Sempre é enquanto qualquer coisa ainda é.
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segunda-feira, agosto 15, 2005

Duas cervejas, dois jogos, e nenhuma loucura.

Foi uma tarde toda fazendo um trabalho chato e brincando com meu joguinho predileto. É um joguinho que ta sempre on line quando eu conecto. É simples assim, só jogar bolinhas e tals, algumas até verdes. Mas como tudo cansa, resolvi ir pro show da kohbaia no Noise e sai de casa.
Antes de sair fui na geladeira pegar cerveja - tenho que aproveitar, não é sempre que há cerveja na geladeira da minha casa e como o meu tio é mo limpeza, levei duas. Fui andando rápido para a parada de ônibus, ja tava atrasado e com um dilema ns mãos: duas cervejas, uma aberta e sendo consumida e outra fechada, só esquentando. Tentei beber a primeira o mais rápido possível, antes de chegar na parada de ônibus, mas nesse pequeno percurso aprendi duas coisas: uma, nunca escove os dentes antes de beber cerveja, o gosto que fica na sua boca é horrível, e a outra é que meu estômago parece não ter mais de 200ml de capacidade.
Cheguei na para da de ônibus já meio passando mal, a barriga cheia, tinha andado rápido e não gosto de fazer nada andando, a não ser andar. Coloquei a segunda cerveja na muretinha na parada e olhei pra ela, estava suando com eu, senti pena dela e de mim e resolvi acabar logo com o sofrimento de ambos: ia terminar primeira antes que a segunda ficasse quente de verdade.
Quando ia inclinar e virar todo aquqele liquido amargo no âmago do meu ser, o ônibus veio e tive de subir com as duas na mão. Terminei a primeira depois de dois quarteirões, joguei pela janela como não deve sr feito e abri a segunda. É, estava quente. O paranjana foi indo e cheguei numa parte do percurso que não da pra fazer absolutamente nada, não da pra ler ( você fica se melando o tempo todo), não da pra beber ( você fica com dor de cabeça e corre o risco de ficar vesgo), não dá pra fazer anada, a única coisa que da pra fazer é ficar sentado e chacoalhando dentro da porra o ônibus.
Quando cheguei no centro percebi que estava mais calmo, mais relaxado, com um sentimento que nenhuma das merdas que me afligem no dia a dia importava mais e aprendi a terceira coisa na noite: beber uma cerveja e meia no mínimo espaço de tempo possível funciona quase como uma banda de diazepan. Uma vez calmo, continuei bebericando minha cerveja com calma, pra não cortar meu lábio naquela pontinha de metal que fica na abertura da lata. e esses caras aidna acham que inventam coisas realmente úteis.
Quando desci do ônibus, já perto da casa da minha garota, ouvi um farfalhar de folhas que estavam perto de um muro próximo. Vi que dois caras desciam do murto e se dirigiam com certa velocidade na minha direção, com aquela cara "eu-vou-te-roubar". Pensei em correr, mas não, resolvi ficar. Dei dois passos pra frente na direção que eles vinham, mirei na cabeça do que vinha mais próximo e joguei a latinha. Errei. Tentei chutá-lo, errei também. Tentei correr e n o segundo seguinte me vi no chão e pensando "me fodi". Protegi a cabeça com os braços enquanto eles me chutavam. Continuei andando e esqueci esse delírio etílico porque o farfalhar das folhas era apenas o vento.
Fui descendo a rua e percebi que estava mais-meio-bebo, não porque me sentia relaxado ou calmo e sim porque estava bebendo aquela cerveja quante como o inferno com o maior prazer do mundo.
O noise com sempre estava lá, com as mesma s caras, e aquela coisa toda que não vou entrar em detalhes pra que pessoas não fiquem com raiva de mim. Como diz o barkoquebas, o grande lance ta em conviver com a loucuras dos outros, não importanto o quão ridículo você ache que essas loucuras são. Mas claro, havia pessoas legais por lá, pessoas qeu valem a pena ve re troca ralgima palavras. Mas fiquei logo louco de verdade quando cheguei lá, tava com uam vontade de botar boneco, não sei, estava meio elétrico, meio fora de controle do mesmo jeito que fico quando estou puto. Comprei uma garrafa de vinho e logo em seguida nos dirigimos pra roda que se formava e minutos depois já estava no velho estado de sempre. Depois foi só entrar, comprar uma cerveja e assistir o Show.
É, por ae foi, foi divertido dentro das suas limitações mas vi que preciso de muito pouco pra me sentir bem.
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segunda-feira, agosto 01, 2005

Quem sabe só dessa vez?

Vou contar uma história pra vocês sobre um cara. Prometo: não é uma história boa, nem cheia de ação, ou palavras sujas e momentos estranhos ou surreais, nem muito menos fantasmagóricos - apesar do fato de estar tudo escuro ao meu redor neste exato momento e barulhos estranhos ficarem se pendurando no lobulo da minha orelha favorecem que tal assunto seja desenvolvido - a história é apenas sobre um cara.
E como toda as histórias sobre algum cara, sempre há uma garota. Eu sei, eu sei, agora eu acabei de abrir as portas para histórias comuns, o que todos gostam de elegantemente chamar de mesmice. É, bem, esse é um ponto complicado e não muito fácil de fugir, mas como todos sabem, isso não depende de mim. Ou talvez sim, sei lá, é melhor parar de andar por caminhos tortuosos e de muita encheção de linguiça. Então, o cara era como os outros cara, pelo menos ele achava que nada de diferente havia nele, constatação que com o tempo foi substituída pela certeza da presença de uma certo traço peculiar ao seu caráter, uma leve paranóia constante.
Sim, voltando pra onde eu tentava estar, ele era de certa forma paranóico pra caralho, meio louco. Todo conversa com ele tinha no mínino dois significados, ele nunca conseguia ver as coisas como as pessoas costumam entender. Sua mente pertubada sempre achava relação do que foi dito com outra coisa, que às vezes, não tinha nada a ver. Mas isso só com o tempo foi percebido, pra ser mais preciso apenas no fim da sua vida. Então saber disso não tem muita utilidade pra história e nem teve pra ele.
E ela, hmmm... como ela deveria ser? Na verdade não há muito o que dizer sobre ela, já que a historia é sobre o cara, então podemos dizer que ela era bonita, esperta e perversa. Isso, não peversa de má, mas sim de libertina. Trepar com ela era uma esperiência única. Não por causa do seu ritimado movimento de quadril, ou do seu belo corpo, mas sim pelas exêntricidades presentes naquele conjunto de movimento aparetemente desordenado de corpos nus chamado muitas vezes nesse texto de trepada.
Que o diga seu primeiro namorado. Certa vez, enquanto os dois aproveitavam o intervalo de descanso e preparação entre as trepadas, estava ela deitada de bruços, com o rosto apoiado na sua mão esquerda e olhando para o rapaz ao seu lado que apontava sua barriga pra cima e fuamava um cigarro como deveria ser. Sabe, esse namorado dela curtia fazer coisas enxamistas em certas horas. Então ela disse:
- Ô amor, vc deixaria eu fazer qualquer coisa com você? - e empinou levemente sua linda bundinha.
-Sim, sim - respondeu ele com os olhos fixos naquele quase impercepitível movimento que lhe deu maravilhosas idéais para o momento - mas vc também deixaria eu fazer qualquer coisa com (leia-se "em") você, Não é?
- Claro...se você quiser pode fazer primeiro... agora... depois eu faço... - e nesse meio tempo a voz dela já tinha mudado pra um tom de gemido que lembrava animais no cio.
Claro, como você ja percebeu, deve desconfiar do que acontece3u na sequência. Ele, ávido por essa esperada experiência, não perdeu tempo e alguns minutos depois a garota se recuperava da sua nova e levemente dolorosa experiência e ele deliciava-se com o seu pequeno desejo realizado.
Ela, então ciente que já podia fazer tudo que quisesse com ele, levantou -se, disse "volto já' e saiu doi quarto. Voltou alguns minutos depois, enrolada com uma toalha e trouxe consigo um leve cheiro de bosta que mal foi percebido no ar. Deitou-se do lado dele, de lado, e virou as costas pro garoto e tirou a toalha. O cheiro ficou mais forte e ele viu que ela havia cagado e esquecido de limpar a área. Ela ainda estava cagada, bem cagada mesmo, com merda até nas nádegas. É, assim mesmo com você imagina. O namorado, que ainda limpava discretamente com o lençol o resto de merda que ainda havia no seu pau, não entendeu nada.
Ela disse: "vem de novo, eu quero de novo!". Ele não entendendo nada, ficou sem ação e sentiu culpado pela sua falta de ação e espanto. Há algo sobre esse namoradao que eu não falei e era necessário para esse momento. Ele tinha, de certa forma, um forte senso de justiça e achava que não seria mais que justo se ele fizesse o que ela queria, afinal ela tinha deixado ele meter o pau do cu dela, o que achava que não deveria lá ser uma coisa muito agradável.
Sim, então ele pensou "que merda estranha, mas vamos lá" começou a balbuciar uns sons e fez uma forcinha e meteu um pouco. Achou até melhor do que antes, desa vez entrou fácil, fácil, estava mais lisinho.Pensou que realmente o único problema da merda é o cheiro. Ele ficou lá metendo, enquanto ela contorcia-se em espamos nervosos acompanhados de gritinhos estridentes que com certeza foram notados pelas pessoas ao redor. Depois, alucinada, ela ficou de pé na cama, com os pés realtivamente afastados, pegou o cacete de plástico lilás de 20cm que estava debaixo da cama e começou a bater com ele na cabeça do cara, mandando ele colar a boca na buceta dela e beber seu mijo.
É, eu sei, não é tãããão perverso assim como você imaginou antes, mas essa foi a primeira abertura desse seu lado, isso aos 16 anos. Só três anos mais tarde, na universidade e com contato com algumas drogas e com outras pessoas que o negócio ficou realmente bom. Seguia ainda a sua essência mas agora era formada por mais corpos, mais excrementos, mais apretechos e até mais animais. Enfim, ela sabia realmente se divertir.
Agora eu temho um problema, não sei bem o que dizer sobre o cara, acho que ele não é muito mais importante nessa altura da história, mas com uma tentativa talvez encaixe. É, isso mesmo, eles se conheceram numa festa. E também foram para a parte de trás da casa. Estavam meio embriagados e ele achou que ela o estava levando para algum tipo de armadilha, o famoso "cheiro do queijo" (e de de certa forma estava maesmo) quando na verdade, ela estava apenas levando ele pra fazer alguma sacanagem. É, ele também pensou nessa hipótese mais não deu muito crédito pra ela.
Fim dessa parte. Não sei se chamo de "1" porque não sei se vou continuar.
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