segunda-feira, abril 30, 2012

Agressive.

Fazia muito tempo que não ouvia black flag, um puro e forte hardcore, sem essa de ser melancólico ou melódico, guitarras graves e pratos estourando sobre um baixo pulsante e um vocal esganiçado; pura víscera boca a fora. O som perfeito pra extravasar e penso que por um lado é bom não ouvir tanto hardcore como ouvia antes, seria bem capaz de explodir de verdade agora. Na época que não havia tanta coisa fervilhando na minha cabeça, no meu peito e ao redor, tanta loucura e tanto problema, tanta dor e tando não sei o que vem pela frente. 

Noite passada me vi nos problemas dos outros. Mesmo com os meus bem vivos e pulsantes, ainda consigo arranjar mais pra minha cabeça. É isso ai e vou em frente, ao favor do vento, como sempre, e sempre e deixo correr dos dedos no teclado enquanto penso no que vou falar, ai penso pra quem falar ou o que posso contar e quem vou atingir ou quem vai me odiar e me perco enquanto começo a ouvir dead kennedys e lembro que a maioria das coisas não importa muito, não mesmo, já que tudo se desvanece no tempo, não há por que se preocupar. Falo isso, mas sei que algumas coisas simplesmente não se desintegram, não, não, não importa o quanto se tente ou se convença e sendo assim, gastar energia pensando também não vai ajudar muito e assim continuo, vou indo, no movimento, no sabor dos prazeres, mancadas, risadas e porradas que levo, carinhos e insultos que me oferecem.

Paciência, como diz meu amigo. Paciência.

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quarta-feira, abril 11, 2012

Esses dias.

Há uma combinação que é sempre desastrosa. Pegue um dia comum, um daqueles cheio de coisas a serem feitas e adicione um ressaca de algumas cervejas, retire o excesso de sono da noite anterior, ponha apenas umas 4 horas e despeje uma notícia desagradável em cima, algo independente de você, mas ao mesmo tempo oriundo de algo que você fez e deixe descansar pelo resto do dia.

ai, carai...
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