quarta-feira, julho 25, 2012

Foda.


O problema é sempre achar: achar que você quer, achar que está bom, achar que vai dar certo.

Depois você se fode. Ai deixa de ser otário e passa a se ligar mais. Nunca lidei bem com derrotas, é fato, e sempre achei que com o passar do tempo elas ficariam mais fáceis de serem engolidas, mas que nada, vejo que cada uma incomoda de uma maneira, cada uma dói em um ponto, cada coisa tem seu lugar. Nunca me ouvi muito, sempre coloquei os outros na frente. Me fudia. Ai comecei a me ouvir mais - e a sem querer comecei a fuder os outros por causa disso - e me fudi do mesmo jeito. Acho que não tem saída, vou acabar sempre me fudendo no final.
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sexta-feira, julho 20, 2012

Acordo lesado dos sonhos onde estou dentro de um táxi que o taxista tentar passar a mão em mim -  sim, passa a mão na minha perna e seguro a mão do puito e pergunto que merda é aquela e ele pede desculpas e diz que é por causa dos anos na prisão e penso "que merda" mas não posso descer to taxi, continuo lá com o figura e começo a puxar conversa pra ver se ele se acalma e ele começa a falar sobre a filha e os anos de preso político e escuto enquanto vou para essa praia qualquer, é a noite, estou indo sozinho e não vou encontrar ninguém por lá, não há nada esperando por mim a não ser eu mesmo e logo depois estou parado em uma lanchonete no meio do caminho e espero uma hora pra comer um bauru, estou lá, cansado de esperar e eis que aparece o Barkoquebas com outro táxi, um carro brando e longo, como um santana e agora vou com ele, deixo o motorista tarado pra trás e me mando tendo o barcoquebas como motorista agora e estou novamente em direção à essa tal praia que pretendo passar o fim de semana e em certo ponto do caminho, um caminho de terra demarcado pelas cercas dos terrenos ao redor e sem nenhuma luz visível,  vejo que ele não faz noção de onde está indo...

A manhã não está legal. Sinto ventos ruins soprando.


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quinta-feira, julho 19, 2012

I ain't giving up on love 'cause love ain't giving up on me...
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quarta-feira, julho 18, 2012

Não pensei nisso.


Assim como meu gato, gosto de observar a noite. Tudo quieto, penumbra sobre o cimento marcado da estação, cinza e frio, vivo mesmo apenas as luzes mornas e amarelas de cada poste, um brilho resignado e fraco. Ele também vê tudo isso e muito mais e quando me vê volta em passos mansos e olhar tenso como se visse o que se passa em minha cabeça. Penso em discussões banais por motivos irracionais, me irrito com isso, deixo de lado minhas próprias nóias - algumas ainda escapam quando sei que não devem e acho mesmo que as deixo passar para ver se o resultante será outro mas não, não é - e tento não dar importância, planar sobre as preocupações de maneira que elas não me atingirão e tudo terá o fim que deveria ter ou que acaba sendo pelo próprio desenrolar dos fatos.

Me sobram ideias e me falta vergonha na cara para pô-las em prática, ah se falta, me esgueiro como tantas outras vezes pelos dias na minha maldita e eterna incapacidade de me obedecer. Posso acabar me fudendo por causa disso. Na verdade, acho isso consequência inevitável à medida que os dias passam em corrente, todos eles acenando, debochando dos meus esforços ao tentar acompanhá-los.

Pareço ter perdido o ritmo. Sim, perdi.
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