Edgar Borges e o Dildo Prateado. - Parte 1.
No início achei que fosse apenas mais um caso simples de marido traído querendo fuder sua mulher direitinho. Até ai tudo bem, contando que eu recebesse minha parte ele poderia sacanear com quem ele quisesse. Já estava com tudo na mão, máquina, cartão de crédito liberado, carro e tudo mais. Só tinha que bater algumas fotos dela trepando e com a ajuda de uma lista de endereços - a maioria pessoas que compartilhavam seu mesmo sangue - enviar as mesmas.
Já tava naquele carro há um tempão e ela ainda não havia aparecido. Ela devia aparecer a qualquer momento, saindo de algum táxi. Aí entraria no café, ficaria nas cadeiras do lado de fora, mas dentro do jardim, com um cigarro pendendo naquela longa piteira enfeitada, queimando sem ser estimulado por nada além da impaciência dela e então, como sempre ele apareceria de repente, surgindo dos fundos do Café pela passagem lateral com aqueles óculos escuros descaradamene criminosos pendurados na cara - acho que o que ele mais curtia era o lance de se sentir fora dos padrões, um outsider que enrrabava a mulher do seu irmão, do que o prórpio ato de enrrabar.
Toda quarta era a mesma coisa; pelas últimas quatro semanas era isso que rolava. Não era problema meu, sempre mantive distância de tudo que me metia, não quero saber quem faz o quê, porque posso até fazer parecido se me ver na mesma situação. Ou não. Após algum tempo bricando disso, meus padrões morais ficaram tão doidos que nem sei se eles ainda possuem alguma consistência para serem considerados algo.
Sei que o o meu chefe temporário já tava enchendo meu saco pra pegar logo eles de jeito, acho que meus honorários deviam estar começando a pesar no bolso dele. Ele queria logo a ação e eu podia continuar seguindo aqueles dos coelhinhos pelo tempo que fosse necessário se continuasse ganhando o que estava vindo aprar na minha mão. Já tava até pensando em trocar o meu velho .22 enferrujado. Um sonho antigo que seria realizado com um longo e suave crediário.
Era nisso que pensava enquanto ficava muito puto com aquele calor da porra. Já pensei mil vezes de parar de usar essa merda de sobretudo preto, mas ainda não aprendi que o glamour não compensa sua ridicularidade; e os malditos não apareciam. De repente, o telefone toca. Era o Alberto.
- e ae, cara, qual foi?
- Missão abortada. eles foram pro Ultra-senior Resort - disse o alberto, forçando um sotaque tão medonho que nem tive tempo de tentar reconhecer.
- Como assim? eu grampei ele hoje. Não podem ter mudado assim.
- É garotão, mas parece que eles desconfiam que tem alguém seguindo eles. Advininha quem? - Alberto sempre fazia essas perguntas com um ar de esperto que o fazia soar cada vez mais imbecil.
- Tudo bem Alberto, Valeu.
Fim da parte 1- Essa eu continuo. Só não publiquei toda porque tinha certeza que ninguém ia ler tudo.
- Como assim? eu grampei ele hoje. Não podem ter mudado assim.
- É garotão, mas parece que eles desconfiam que tem alguém seguindo eles. Advininha quem? - Alberto sempre fazia essas perguntas com um ar de esperto que o fazia soar cada vez mais imbecil.
- Tudo bem Alberto, Valeu.
Fim da parte 1- Essa eu continuo. Só não publiquei toda porque tinha certeza que ninguém ia ler tudo.