quinta-feira, janeiro 26, 2006

Entre 9 Canções e a Sylvia Saint, leve a rainha.

Cara, 9 canções, a porra de um filme que só fala de gelo, sexo e música. Gelo? caralho, pra eu quero assitir algo falando sobre gelo? enfim, parte ruim; quanto ao sexo e a música, as teoricamente partes boas, também foram uma merda. A música, a porcaria do pop atual inglês, que é um saco cara, muto igual e sem sal, sem punch, sem vida, argh. O sexo? hmmmm

Era bem melhor ter alugado um pornô, pelo menos teria visto profissionais em ação. A garota do filme até que é bonita e tal, mas as cenas de sexo são tão paias, parecem duas crianças entediadas, ou um casal de virgens trepando pela primeira vez,ou um casal de velhos que vem fazendo aquilo pelos últimos 37 anos... sei não, mas se era pra ser excitante, passou longe. É melhor alugar logo um pornô, ou ver De olhos bem fechados. Esse sim te deixa loucão pra trepar depois dos créditos finais passearem pela tela.

Pois é, depois de ver esta porcaria, sai de casa com vinte centavos e comprei dois mistrais na fernanda, o único local aberto perto da minha casa após as dez, fiquei tão puto com a merda do filme que a minha vontade de fumar triplicou. Passei no Satanás, mas acho que ele tinha dormido com a tv e as luzes ligadas. Talvez tenha mafusado mais do que esperava com o Dandré hoje mais cedo. Ainda perambulei um pouco, passei no Mike e nada, e fui andando pra casa pelas mesmas ruas que ando há mais de 10 anos e elas continuam sem me dizer nada.
|

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Apenas passa tempo.

Em casa, sentado, quase o dia todo tentando entender um cara que escreveu algumas coisas e fico tão cansado quanto fico quando tento entender as pessoas que não estão nos papéis ao meu redor, mas sim representando papéis, alguns tão sacanas que mereciam ter o cu fodido de uma maneira que não fosse nem um pouco agradável. Sai para fumar o velho cigarro e me pedem meu tênis emprestado para bater um racha aqui perto de casa e vou lá, pensei, uma bom lugar pra ficar enquanto me divirto com a minha percepção levemente alterada, como ela iria estar depois que eu mafuzase um pouco.

Sim, fui para tal racha; não para jogar, claro, minha capacidade física já não é lá essas maravilhas (mas claro que há horas que ela funciona que é uma beleza...) e ainda ficou um tanto debilitada depois dessa viagem louca de bicicleta, onde quase me fodo de verdade numa ladeira.

E fui lá, enquanto todos aqueles caras esperavam o portão para entrar na quadra, eu estava na esquina, indo para um lado e para o outro pedalando na juliana, enquanto aquela fumacinha maravilhosa começava a nublar meus olhos e vejo todos aqueles caras que conheço desde a minha infância e não me dizem nada, eles e suas garotas preocupadas com os carros deles e mafuso até ficar numa boa e entro também.

Depois de alguns segundos sentado lembro o quão chato pode ser assistir um jogo de futebol, ainda mais quando é um jogo ruim e que é mais divertido estar dentro dele, xingando, suando e chutando canelas e bolas numa interminável e sem sentido vontade de por a porra da bola através daquelas traves, ou no meu caso quando jogo, evitar que a bola passe por elas.

E fico na arquibancada como um louco, de vez enquanto levantando e pondo os braços na frente da cara achando que a bola ta vindo na minha direção enquanto ela está alguns metros distante e alguém me chama e olho pra cima, por trás dos ombros para os degraus da arquibancada que estão por trás de mim e pessoas me chamam prum banheiro apertado no topo da arquibancada e vou lá, entro e tá um cheiro de mijo do caralho e tem um cara na penumbra que me aponta um negócio do tamanho de um lápis e diz "se aproveita da minha obra de arte" e me passa aquele lance fumegante e fumaçante e enquanto dou uns tapinhas naquele mafú inesperado reconheço que o cara que está na minha frente é meu parente de alguma forma; neto de uma tia minha, o que o torna de certa forma meu primo e no baixar da fumaça olho ao redor e vejo que aqueles caras naquela roda eram todos muto pivetes quando eu ainda era um pivete e hoje eles são todos placas e eu estou lá, no meio deles como um mafú na mão e pensando que nunca havia imaginado essa cena, não mesmo meu rapaz, isso era algo completamente surpreso e incalculado e começo a imaginar as próximas loucuras futuras com pessoas que estão ao meu redor mas que, nem que eu tente, posso imaginar o que eu posso vir a estar fazendo com elas dentro de algum espaço de tempo que é tão "insabível" quanto a própria situação que tomará essse futuro espaço de tempo para utilizar como seu palco de ação.

Sei que voltei para o meu lugar e ainda rolou altos encontros naquele mesmo lugarzinho apertado e fedido, mas dispensei os convites e continuei a asstir o jogo enquanto os caras secavam uma garrafa de aguradente de limão, uam bebida deplorável.

Chego em casa, e enquanto estou sentado aqui, contando isso pra você, minha mãe me diz que uam garota me ligou. Pelo nome sei que é uma cobrança pelos os speeds do revellion ( é assim que se escreve, isso?) que, minha nossa, foi uma demênci! Mas, como sempre, é uma outra história.
|