terça-feira, novembro 16, 2010

Sonhos.

E acordei de um sonho onde seria executado, sim, a punição cabível pra quem havia matado 4 caras. Não lembrava o porquê ou quem eram as figuras, mas tinha consciência do que tinha feito e na hora que recebia a notícia - vestia roupa laranja e tudo mais, exatamente como nos filmes - tudo que me preocupava era fazer as coisas que eu não havia feito ainda; e antes de morrer, lembrando de tudo, não faltava muita coisa - pelo menos na hora não - apenas uma coisa ficava martelando na minha cabeça, uma coisa simples, tão simples como um telefonema.

Sei que no desenrolar do sonho - com várias outras pequenas coisas que não importam serem contadas aqui - acabava sendo absolvido e me via livre pra sair na manhã e mafusar em comemoração.


Ainda assim, passei o resto da manhã com essa sensação incômoda, como se tivesse algo a fazer... mas quem realmente se importa com sonhos, hein?


|

terça-feira, novembro 02, 2010

Manutenção.

Às vezes sinto uma enorme dificuldade de entender/definir coisas. Uma inexatidão toma conta, me contento com não entender e me dou por satisfeito. Assim parece ter sido e sido e por ai foi, e com a repetição vem a calma, com a calma surge o tédio, incontentamento morno e latente, pulsando por trás dos olhos do cotidiano e então difilculdades viram consolos, remediadores de infortúnios silenciosos. E os dias passam. E como passam!

Passam e passam e passam e levam acima de tudo a calma. E as condições de contenção foram aperfeiçoadas, afinadas; quando antes escapava e agia como estopim para brados e ímpetos furosos, resultados de desesperos enjaulados... agora já não são; quase não são, nada, apenas coisas ralas que rastejam e se esgueiram pelas frestas das ideias, dos devaneios, das lembranças, dos dias; num roubo sutíl de atenção que lhe é de direito - e suporto essa coleira que seguro com minha própria mão e me aperta o pescoço como medida de segurança para o barco não afundar - há de se ter controle.


Não se enganar por sonhos.

Ah, os que entram pelos
portões de marfim são irreais,
mas os que passam pelo de chifre....
|