terça-feira, outubro 11, 2011

Insônia.

Sem sono, zanzando pela casa vejo o computador ligado e me sento. Esse blog perdeu o sentido há muito, percebo isso ao ler os posts. Era pra ser uma tiração de onda com a minha cara, quando ainda era "memórias de um cheira cola", mas não consigo mais, não consigo mais rir das minhas mazelas. Pelo menos não com os outros. Durante um tempo brinquei de escrever historinhas, mas percebi que elas não eram muito boas e parei. Antes disso relatava noitadas, bem no início de tudo, chegava em casa ainda torto de beber e derramava as coisas aqui. Agora, ao chegar em casa depois da bebedeiras, é mais interessante ir pro quarto - ou pro corredor ou na cozinha ou pro banheiro ou no carro no caminho de casa - e trepar gostoso com minha garota e adormecer nos seus braços. Depois veio a fase intimista - a mais ridícula de todas, já que a expressão desse conteúdo é medíocre - e é meio nessa que esse post ta indo.

Sem sono
com uma angústia enganchada
em algum lugar entre
a minha
goela e meu plexo solar
cansando meus ombros
e fudendo minha paciência

Não sei o que é, mas me tira o sono e me trás aqui escrevendo isso pra aqueles poucos, acho que os conto numa mão, e ainda acho que é muito, que vão ler e tudo mais. Tudo mais é ótimo...

Sinto falta dela deitada ao meu lado suportando o ressonar do meu sono. Queria seu abraço antes de dormir.

E daqui a precisamente 6 horas e 23 minutos estarei em
um sala dentro de uma empresa, após cruzar a cidade no sentido
oeste-leste e me esgueirado entre carros, só
pra fazer aquilo que espero que garanta
minha sobrevivência:


Fingir ser professor.
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