sexta-feira, dezembro 25, 2009

Nem no Aniversário, Nem no Natal.

Bebo é uma merda. Porém, não culpemos a bebida, afinal eu nem tava tão embreagado assim na hora que me deixei levar. Não adianta, tem coisa que vai ser feita uma hora ou outra, nem pense em guardar. Ai minha cabeça... e me deixei levar pelo clima, se tivesse ido pra outra casa, pro esquema mais familia de natal, com outras pessoas, uma companhia que tanto me ajudou, talvez não tivesse deixado o clima deprê desse fim de ano se instalar. Mas ora porra, vamos ao fatos.

Me chamaram pruma festa longe pra caralho, num local que so tinha ido uma vez. E de trem. Então fui lá, seguindo o louco do Saulo a mil pelas ruas, avenidas, ruelas e ruas abandonadas. Achamos a bendita festa, sim achamos, a festa seria perfeita se fosse a três casas da minha. Bebida a vontade. Mas tava sem empolgação. Só queria dormir, isso era tudo.

Me sentei. Não resisti, contornei a mesa e dei um golada naquele uísque. Desceu garganta afora, me melei todo. Pensei "porra... é, não vou beber". Perguntei à anfitriã se eu podia mafusar por lá, e ela disse que não. Disse que entendia e tudo mais e me sentei. Tava todo mundo bebo na festa, poucas pessoas e os cheira colas estavam calibrando. Pensei em ir pra outra festa. Falei com os Pilantras, me pediram 15 min. Cedi e me sentei de novo. Não conseguindo ficar parado, me levanto e faço outra dose. Tava forte, do jeito que o diabo gosta. E olha que era aniversário do nazareno. Olhei a mesa e vi um energético em cima, pedi um pouco e colocaram na minha dose. ai que a desgraça foi feita.

Aquilo começou a descer garganta abaixo como mel. Duas doses depois estava feliz, eufórico, falante, enfim, bêbado. Olho pro lado e veho uma garota mexendo no celular. Um igual ao meu. Começo a achar que isso foi o problema. Tiro o meu bolso, começo a mexer e faço a merda.

Logo em seguida foi como um peso retirado do peito, sim, senti alívio. A festa acabou logo depois e decidimos ir para o bar mais paia das redondezas - minhas redondezas. Assistimos o dia clarear em meio a cascos de cerveja, seres da noite e um figura de rua que era chicoteado pelo Satã e dizia "ai, ai, beto carrero" e ri pelos meus próximos 7 anos. No meio disso, alguém sugere mafusar no espigão e e foi o melhor amanhecer que poderia ter nessa noite que começou com a visita de uma ex namorada que parece até hoje me odiar. E se alguém tivesse me perguntado "qual seria a cois mais tosca que poderia acontgecer ness n oite de natal?" em nennum momento eu imaginaria a visita dela... Quando a vi passando pela casa da minha avó tive que segurar um atremenda crise de riso que vio lá das entranhas, cortesia do mafú que me animara momentos antes.

Acordei na manhã de hoje com muiiiiiiita ressaca e noiado. Puta merda, é como voltar pra estaca zero. Fiz merda de novo. E lá vamos nós. Decidi não ir trabalhar. Foda-se o trabalho. Vou ao cinema e Ficarei o resto dos dias desse ano me preparando pra parar de vacilar. Ah, se vou.
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sexta-feira, dezembro 18, 2009

Me recuso a aceitar a liquidez da vida e seus relacionamentos.
Me recuso a ser um animal e seguir apenas instintos.
Me recuso a criar papéis pra soar esperto ou moderno ou descolado.
Me recuso a jogar do lado do mundo como seus jogos sádicos, sujos e vazios.

Me recuso a desistir.



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Cansei.

E eis que após uma noitada daquelas, com direito a finais que vc não imaginava, decido que é hora de parar. Sim, parar talvez não seja a palavra certa, mas dar um tempo indeterminado a esse abuso com minha mente já encharcada e abalada após tantas porradas que leva nessas noites que me esgueiro atrás de sei lá o quê.
E então, tento, sim, vou tentar ficar sóbrio por algum tempo so pra ver como vai ser, dizer não aos mafús de fim de tarde, não aos encontros no Manel, não as milongas mais que aparecem em bares e me deixam como que ligado na tomada e também não ao meu eu pervertido que surge nesse ínterim. Claro que isso pode ser apenas papo de ressaca (que até queria que tb tivesse um cunho moral, mas nem tem, e isso é o pior) já que não durmo há 24 horas ou mais e os dentes doem, e a cabeça doe e tento me manter apresentável nessa recepção, ou melhor, portaria e é exatamente como minha colega louca de trabalho disse: somos "porteiros de luxo", um que fala inglês e a outra francês. Sem esse papo de "recepcionista", porteiro é uma palavra bem melhor e descreve bem o trabalho repetitivo e ficando aqui em pé, sentindo a dor aumentar e os olhos arderem, apenas conto os dias que faltam pra eu zarpar daqui e a manhã de hoje invade minha cabeça, um maldito dejá vu... cruzando a cidade a mil sobre duas rodas com a cabeça zonza de tanto álcool, o sol nascendo no meu retrovisor e sentindo o peito, de novo, estraçalhado.
Chega.
(Pelo menos por enquanto.)
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quinta-feira, dezembro 17, 2009

Nada a dizer. Nada nem ninguém pra falar mal, nenhuma dor pra expurgar, nenhuma noitada a relatar - estão tão contínuas que perderam a graça - nenhuma história tosca a ser contada, enfim, nada pra escrever nesse blog.

Vazio, vazio...
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terça-feira, dezembro 01, 2009

-Tô ligaaado. ei, ei. Onde tu arruma mafú? - a pergunta saiu de uma vez, meio tímida.
- Com um cara ai que vende na ****. No mínimo 20 conto, isso se vc quiser solto... - continuou falando sem dar muita atenção ao interlocutor, dando as informações básicas pra se fazer um jogo e nem ouvindo a pergunta que viria.
- Um só?
- ... pois prenga tem em qualquer canto e .... - foi freado - ah, um beck só? é que eu só compro umas parada de 20, pq ta foda de achar solto de balinha.
- hm... Queria só experimentar.

(Diálogo com um ex-aluno.)
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